sábado, 3 de julho de 2010

Como queimar o próprio filme em 1 minuto

O vídeo é antigo, mas ainda não postamos aqui e com certeza muita gente ainda não viu esta performance de Kajuru, que já passou por todos os canais de TV, arranjou confusão e foi despedido em todos. Menos na RedeTV quando pediu demissão no ar. Polêmico, bocudo, desbocado, não costuma pensar muito para falar. Como uma metralhadora giratória no automático, ele conseguiu em pouco mais de um minuto acabar com a própria reputação.




Chifrudo assumido, sempre conta como ganhou uma tremenda guampa da sua então mulher na Copa do Mundo de 1982.

Por suas fortes declarações, Kajuru tem inimizades em todos os setores da mídia; os mais conhecidos são Milton Neves, a quem ataca por conta do "merchan" e Marconi Perillo -que já teria o ameaçado de morte-, por questões políticas. Por causa destas inimizades, Kajuru andou "catando papel na ventania" depois de ter a sua Rádio K, umas das emissoras mais ouvidas da capital goiana, fechada pelo Governo de Goiás.

O que poucas pessoas sabem, e a mídia parece não ter interesse nenhum em divulgar, é que Kajuru fez um tal Dossiê K, onde revela com provas e documentos, os escândalos de corrupção no governo do estado de Goiás, na gestão do ex-governador e hoje senador Marconi Perillo. Segundo a Wikipédia, na época o Dossiê K foi distribuído gratuitamente entre os estudantes, porém a Policia Militar de Goiás invadiu o campus da Universidade Federal de Goiás para apreender todos os exemplares do dossiê, sentando o sarrafo nos estudantes que se negavam a entregar o livro.

O fato foi abafado pela imprensa assim como também poucos divulgaram que Kajuru foi condenado a 18 meses de prisão -em circunstancias duvidosas- por difamar a Organização Jaime Câmara, afiliada da Globo em Goiás. A condenação foi baseada na seguinte frase:

- "Como é que pode um governo dar a uma emissora de televisão um contrato de exclusividade de um campeonato de futebol e ainda dar um patrocínio?"

Falem o que falem, Kajuru merece o meu respeito não pelas bobagens que fala e faz de vez em quando, senão por sua coragem de denunciar e indicar com o dedo a corrupção existente neste país. Seu mal -para ele próprio-, foi denunciar e sobretudo desafiar os grandes da mídia e da política. Do contrário, se fosse um jornalista medíocre e mediano que se curvasse a vontade dos grandes, estaria hoje milionário e apresentando algum programa na maior rede de TV do país ao invés de estar trabalhando em uma emissora de televisão local do interior de São Paulo.

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